Caro leitor: entevistei o Nasi pela segunda vez (a primeira foi no quadro Interview 99 na extinta Rural Fm em 1997).
Dispobilizo aqui o conteúdo na íntegra, que também pode ser lido na edição 44 do semanário Folha Regional.
Entrevista Nasi
O ÚLTIMO DOS MOICANOS DO ROCK
O ÚLTIMO DOS MOICANOS DO ROCK
Numa tarde nada vazia, Haroldo Junnior e Nasi (ex- Ira) conversaram sobre música, futebol, cinema , projetos e sobre o show que acontecerá no dia 1 de novembro no A.T.C. em Astorga, com produção local da Formula 4 Eventos e Rafael Almeida.
Nasi, ser um ícone para gerações que gostam de boa música, é uma responsabilidade para você?
(risos). Eu procuro encarar como responsabilidade. Acredito que isso é a visão de algumas pessoas pela influência do meu trabalho. Considero-me um trabalhador da música que faz tudo com muita intensidade e verdade. Prefiro mais me sentir “O Ultimo dos Moicanos”, e continuar um guerreiro, como também faz o Marcelo Nova, do que ser uma estrela inquestionável.
Você está gravando um DVD com previsão de lançamento no início de 2010. Além desse, existem outros projetos musicais para o próximo ano?
O projeto musical que eu devo me concentrar é o lançamento do DVD que acabei de gravar em São Paulo e que está em processo de mixagem. Para trabalho de áudio designei o produtor americano Roy Cicala, que trabalhou com Jimi Hendrix, Frank Sinatra, John Lennon, Tom Jobim e muitos outros. Este vai ser o primeiro DVD que ele vai produzir, o áudio, em seu estúdio no Brasil. Até o final de 2009 estarei editando, mixando e fazendo contato com as gravadoras interessadas no lançamento. Considero esse um dos melhores trabalhos da minha carreira, que deverá gerar uma turnê durante todo o ano de 2010.
Vai ter músicas inéditas?
É um DVD ao vivo dentro do estúdio com 18 músicas, sendo duas inéditas. A parte de extras terá rico conteúdo em formas de documentário, entrevista e videoclipes. Como não pretendo lançar o trabalho separadamente em áudio, incluí um cd de brinde ao DVD.
O Marcelo Nova fará uma participação. Será a única?
Com o Marcelo gravei um sucesso do Raul Seixas – Rockixe. Adianto que o DVD trará mais duas participações, mas por enquanto vou deixá-las em segredo. Não vamos entregar todo o ouro (risos).
E o seu flerte com o cinema?
Considero-me um cinéfilo. Tenho uma vasta dvdteca. Cinema pra mim é uma arte muito complexa, no sentido de juntar todas as outras artes – música, teatro, fotografia e artes plásticas. De certa forma minha relação começou com os videoclipes, pois sempre estive muito atuante ao lado da direção nas produções do Ira e minhas também. Meus últimos três clipes, e os dois últimos do Ira, tiveram a direção do Selton Mello, que também me dirigiu em seu filme intitulado Tarja Preta. Sempre que eu tiver a oportunidade de compor um personagem dentro das minhas características, que possa contribuir, aprender e ajudar, vai ser uma experiência legal, mas não como uma nova carreira em minha vida. Queira ou não eu sou um artista cênico.
Futebol e rock: de onde surgiu a parceria?
Minha participação em programas de esportes nasceu em programa de rádio. Com o Ronaldo Giovanelli (ex-goleiro do Corinthians) apresento o programa 90 minutos na rádio Kiss Fm - de São Paulo, todas a segundas-feiras das 20h30 às 22 horas. Esse formato anteriormente era apresentado pelo Casagrande. Adoro falar de rock e mais ainda de futebol, ainda mais com uma linguagem irreverente, que eu e o Ronaldo levamos do rádio para a Rede Tv.
Com o Marcelo gravei um sucesso do Raul Seixas – Rockixe. Adianto que o DVD trará mais duas participações, mas por enquanto vou deixá-las em segredo. Não vamos entregar todo o ouro (risos).
E o seu flerte com o cinema?
Considero-me um cinéfilo. Tenho uma vasta dvdteca. Cinema pra mim é uma arte muito complexa, no sentido de juntar todas as outras artes – música, teatro, fotografia e artes plásticas. De certa forma minha relação começou com os videoclipes, pois sempre estive muito atuante ao lado da direção nas produções do Ira e minhas também. Meus últimos três clipes, e os dois últimos do Ira, tiveram a direção do Selton Mello, que também me dirigiu em seu filme intitulado Tarja Preta. Sempre que eu tiver a oportunidade de compor um personagem dentro das minhas características, que possa contribuir, aprender e ajudar, vai ser uma experiência legal, mas não como uma nova carreira em minha vida. Queira ou não eu sou um artista cênico.
Futebol e rock: de onde surgiu a parceria?
Minha participação em programas de esportes nasceu em programa de rádio. Com o Ronaldo Giovanelli (ex-goleiro do Corinthians) apresento o programa 90 minutos na rádio Kiss Fm - de São Paulo, todas a segundas-feiras das 20h30 às 22 horas. Esse formato anteriormente era apresentado pelo Casagrande. Adoro falar de rock e mais ainda de futebol, ainda mais com uma linguagem irreverente, que eu e o Ronaldo levamos do rádio para a Rede Tv.
Você como torcedor do São Paulo acredita num confronto final com o Palmeiras no brasileirão?
Eu acho que o São Paulo e o Palmeiras vivem um momento muito perigoso. É como se fosse um grande prêmio, uma corrida de Fórmula 1 ou de cavalos que está na reta final, onde os cavalos que estiveram o tempo todo na frente começam a perder espaço. Acho que a grande surpresa é ascensão do Atlético Mineiro e do Flamengo, que são times de torcidas populares inflamadas e inflamáveis. Neste momento as pernas dos jogadores do São Paulo, Palmeiras e Inter que até então eram consenso de favoritismo, estão começando a ficar pesadas. Se continuar essa tendência, Flamengo ou Atlético Mineiro serão campeões.
Qual o significado de tocar rock’n roll em uma cidade de 25.000 habitantes como Astorga, sendo que, por várias vezes, você tocou para esse público em apenas uma noite?
Para mim é muito estimulante. Nessas horas de certa forma é como se eu estivesse me mostrando pela primeira vez e ainda com muito mais responsabilidade. No sentindo de que eu tenho uma expectativa sobre as coisas que eu fiz com o Ira, com meu trabalho solo, sobre o meu futuro e até com a banda Relespública que eu tenho uma parceria muito forte. O Paraná é um Estado maravilhoso onde as cidades mais modestas de população têm uma qualidade de vida, cultura e informação invejável em termos de Brasil. Vou na tranqüilidade sabendo que as pessoas conhecem a minha música e a minha história.
Como vai ser o repertório do show dia 1º de novembro em Astorga?
Eu toco algumas coisas como Bebendo Vinho, Por Amor, Núcleo Base, Tarde Vazia, outras da minhas carreira solo que é mais voltada para blues como Poeira nos Olhos. Toco versões que fiz para composições de outros autores brasileiros como Legião Urbana e Cazuza e venho fazendo também, durante todo o ano de 2009, um pequeno tributo ao Raul, por conta dos 20 anos de sua morte, onde toco umas cinco músicas do seu repertório da década de 70.
A expectativa então é de um energético show de rock?
Eu digo sem nenhuma modéstia: Deus escreve certo por linhas tortas. Se o Ira teve que acabar do jeito que acabou, porque existia uma força muito grande para que eu fizesse um show muito mais intenso do que eu fazia com o Ira. Por isso se vocês gostavam do show do Ira, vão ao meu, que vai ter as mesmas qualidades, com uma intensidade muito maior e, é por isso que neguinho não segurou a minha onda. Eu costumo brincar: em termos de rock, o show do Ira comparado ao show que faço hoje parece Sandy & Junior.
Eu digo sem nenhuma modéstia: Deus escreve certo por linhas tortas. Se o Ira teve que acabar do jeito que acabou, porque existia uma força muito grande para que eu fizesse um show muito mais intenso do que eu fazia com o Ira. Por isso se vocês gostavam do show do Ira, vão ao meu, que vai ter as mesmas qualidades, com uma intensidade muito maior e, é por isso que neguinho não segurou a minha onda. Eu costumo brincar: em termos de rock, o show do Ira comparado ao show que faço hoje parece Sandy & Junior.